O parlamentar chegou a ser citado no episódio, mas foi absolvido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 2012
O juiz federal Danilo Fontenele, titular da 11ª Vara Federal no Ceará, rejeitou pedido de arquivamento da investigação do caso que ficou conhecido como "dólares na cueca", quando um então assessor do deputado federal José Guimarães (PT) foi preso com dólares na cueca e dinheiro não declarado em uma maleta de mão no aeroporto de Congonhas (SP), em 2005. O parlamentar chegou a ser citado no episódio, mas foi absolvido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 2012.
O inquérito é contra cinco pessoas, entre elas, o ex-assessor parlamentar José Adalberto Vieira e Kennedy Moura Ramos, à época chefe de gabinete da Presidência do Banco do Nordeste.
O arquivamento foi pedido pelo procurador da República Régis Michael da Silva sob o argumento de que os crimes de gestão temerária e tráfico de influência estão prescritos. O procurador alegou também não haver elementos pertinentes ao crime de corrupção ou lavagem de dinheiro.
Na decisão, no entanto, o juiz determinou o encaminhamento dos autos à Procuradoria Geral da República (PGR) para que se manifeste sobre o caso. "É necessário investigar todos os envolvidos, tendo em vista a não prescrição dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro", adverte.
O juiz também retirou o segredo de Justiça do inquérito.
Por meio de nota, a assessoria do deputado federal José Guimarães informou que o procedimento investigativo em questão já tramita há mais de 13 anos e não foi encontrada nenhuma irregularidade cometida pelo deputado, bem como algo que possa relacioná-lo ao fato ou qualquer atitude ilícita.
"Ressaltamos, mais uma vez, que o parlamentar foi inocentado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 2012, justamente pela ausência de relação com os fatos questionados. A própria decisão expõe elementos conclusivos do MPF que demonstram a inocência de Guimarães e a ausência de relação do parlamentar com o caso. Permanecemos confiantes na seriedade da Justiça na condução do caso", concluiu.
- Portal DM | Fonte: G1 -