Ela tinha 39 anos quando foi encontrada morta no dia 12 de dezembro
"Minha mãe não pediu ajuda, mas deixou áudios para ajudar outras pessoas", essa era a frase escrita numa cartolina levada à manifestação, em Missão Velha (município localizado no interior do Estado do Ceará), pela filha de 8 anos, um dos três órfãos de Ângela Maria Camila da Paz. (Reportagem/Reprodução de Paulo Henrique Rodrigues (PH), do Diário do Nordeste)
Ela tinha 39 anos quando foi encontrada morta no dia 12 de dezembro. Ao procurar entender o que tinha acontecido, a família descobriu que ela estava viciada em jogos eletrônicos.
A irmã de Ângela, a nail designer, Jéssica Lobo, que morava em São Paulo, disse que tomou conhecimento da situação da irmã após a morte dela, quando teve acesso ao celular, fez as contas e conversou com amigos. “Eu tive acesso a esses áudios quando eu cheguei. Uns três dias depois do acontecido, eu fui mexer no telefone dela e tive acesso a esses áudios”, relatou.
Conforme descobriu Jéssica, a irmã jogava compulsivamente o Blaze, popularmente chamado de jogo do aviãozinho. É uma plataforma eletrônica que consiste em guiar um avião em busca de dinheiro, mas é preciso evitar o "crashed", "caiu" em inglês, numa tradução livre.
Segundo familiares, a vendedora de roupas fez dívidas no próprio nome e também no da mãe, por meio de empréstimos, aposentada de quem cuidava das contas, e também no CPF de amigas. Como ela era responsável pelas finanças da aposentada, nenhum familiar desconfiou do rombo financeiro. As amigas, acostumadas a emprestar quantias para Ângela e ter a dívida paga, também não se alertaram para o cenário. Em meio ao luto, a família calcula um prejuízo em torno de R$ 100 mil.
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