Homem é morto a facadas no interior do Ceará por dizer que "votaria em Lula"; acusado do crime foi preso

Os nomes dos candidatos Bolsonaro e Lula foram ouvidos por testemunhas durante a briga

Foto/Divulgação

Um homem matou a facadas um eleitor do candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva, em um bar em Cascavel, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), no último sábado, 24 de setembro. Ele foi preso na tarde desta segunda-feira, 26. (A informação é do Diário do Nordeste)

Edmílson Freire da Silva, de 59 anos, foi alvo de um mandado de prisão, expedido pela Justiça Estadual e cumprido dentro da Delegacia Municipal de Cascavel, quando o suspeito foi prestar depoimento sobre o crime.

A reportagem apurou, com fontes ligadas à investigação, que o suspeito – que já tinha passagem pela Polícia por lesão corporal dolosa – chegou a um estabelecimento comercial acompanhado de uma mulher e perguntou “Quem é Lula aqui?”.

Testemunhas relataram que Antônio Carlos Silva de Lima, de 39 anos, se apresentou como eleitor do ex-presidente Lula, e se iniciou uma discussão entre os dois. Os nomes dos candidatos Bolsonaro e Lula foram ouvidos por testemunhas durante a briga. O agressor teria, então, desferido várias facadas contra o eleitor de Lula.

A vítima – que não tinha antecedentes criminais – chegou a ser socorrida por populares, mas morreu durante atendimento médico, segundo a Polícia Civil do Ceará (PC-CE).

Outra versão

A reportagem apurou que o suspeito do crime deu uma versão diferente do fato na Delegacia. Ele teria dito que que chegou no bar e Antônio Carlos perguntou em quem ele votava. Os dois começaram a discutir e ele disse que a vítima tentou estrangulá-lo. Ele afirmou que reagiu e esfaqueou Antônio Carlos. Conforme uma fonte da Polícia Civil, a versão do suspeito é totalmente contrária a das demais testemunhas do caso.

Antonio Carlos tinha sete irmãos. Uma das irmãs da vítima (identidade preservada) pediu Justiça. “A nossa família pede Justiça. A Justiça de Deus vai prevalecer. Que essa pessoa pague pelo que fez, sendo preso ou não. Meu irmão não merecia o que aconteceu”.

O delegado Josafá Araújo Carneiro Filho, titular da Delegacia de Cascavel, afirmou que a motivação do crime foi a discussão política, de acordo com o relato de quem presenciou o assassinato.

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