Eis que se aproxima o dia da eleição, 15 de novembro de 2020. Milhã irá eleger seu sétimo prefeito(a). Desde sua emancipação em 1985 já passaram pelo comando desse município os senhores, Josimar Rodrigues, Pinto de Macêdo, Gecimar Pinheiro, Cláudio Dias, Otacílio Macêdo e Darlan Dantas.
Nessa eleição de 2020 dois postulantes ao cargo do executivo. De um lado a professora Ruth Pinheiro lançada candidata pelo Partido da Mulher Brasileira (35) e recebendo apoio dos ex-prefeitos, Josimar Rodrigues, Gecimar Pinheiro e Cláudio Dias. Do outro lado o administrador, Alan Macêdo, lançado pelo Partido Liberal (22) com apoio dos ex-prefeitos, Pinto de Macêdo e Otacílio Macêdo. O atual prefeito Darlan Dantas não manifestou apoio político a nenhum dos candidatos.
O sétimo prefeito ou prefeita de Milhã terá pela frente muito trabalho. Um dos pontos mais abordados principalmente pela população da sede do município é em relação ao abastecimento de água, ai vem saúde, educação, infraestrutura, esporte, segurança, cultura e por ai vai. Milhã precisa sair da inércia e se tornar de fato a potência que pode ser.
Resumido os problemas acima em poucas palavras falo agora da nossa parte, enquanto comunidade. Creio que todos sabem que o voto, a liberdade de expressão e o direito à informação são pilares importantes da democracia de um país. Se não são os principais pilares, pelo menos encontram-se dentro do seleto grupo de garantias de qualquer regime democrático e fazem parte do estado democrático de direito. De lado outro, a Constituição prescreve também que os Poderes da República são harmônicos e independentes entre si. Preservar todos esses preceitos é sustentar e fortalecer a nossa jovem democracia.
Há outras questões que devem ser consideradas, e uma delas, é, sem dúvida, o respeito que se deve ter às instituições. Este respeito que devemos ter, certamente, não tem importância menor do que os pilares citados anteriormente, mas, também, há de se frisar que todas as instituições existentes dentro do sistema democrático são vias de mão dupla, uma vez que tratam-se de organizações que visam, em contrapartida, proteger a sociedade. Quando se fala em voto, eleições, liberdade de expressão, direito à informação e respeito às instituições como pilares da democracia é preciso esclarecer ao distinto público e principalmente aos que detêm o poder, que a democracia não foi inventada para garantia de mando apenas de maiorias: “É preciso não deixar de considerar que a democracia existe também para garantir o direito à voz e à ação das minorias” (Cacá Diegues – escritor e cineasta).
Quando ouço pessoas atacar pessoas por questão partidária – ou à imprensa independente, que noticia para todos aqueles fatos que os podem agradar ou desagradar, vejo tão somente um paraquedista tentando um vôo sem paraquedas, e não o defensor da democracia que deveria ser.
Esses discursos indesejáveis não são apenas de um determinado grupo político, se vê por todos os lados. Muitos respondem com sentimentos de ódio tudo que os contrariam, e isso é ANTIDEMOCRÁTICO. A democracia está muito acima disto. É preciso que o eleitor entenda qual é o seu papel e compreenda o valor da democracia como um espaço único de convivência entre diferentes, e que o respeito às instituições é de fundamental importância para emplacar o futuro que queremos.
Agora, se os eleitores que têm poder de mando não respeitam a democracia, não respeitam as instituições nem seus semelhantes, resta-nos, como consolo e esperança, apenas a possibilidade de podemos comemorar mais um ano do nascimento do Filho do Criador do Universo, Aquele que é onisciente, onipotente e principalmente, onipresente.
ARTIGO DE OPINIÃO - Carlos Lopes é radialista/blogueiro sócio-diretor da Sertão FM e Editor-Chefe do Portal de Mídias e Notícias DM