Operação 'Falso Negativo' prende secretário de Saúde do DF por fraude na compra de testes para Covid-19

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Procuradoria-geral de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deflagraram, na manhã desta terça-feira (25/8), a segunda fase da Operação Falso Negativo.


Trata-se de uma ação envolvendo vários estados, em parceria com Ministérios Públicos de outras unidades da federação, para apurar fraude na compra de testes para Covid-19.

No DF, há vários alvos na área da saúde. O secretário de Saúde, Francisco Araújo, acaba de ser preso. A operação está na rua com outros alvos.

Também tiveram a prisão preventiva decretada:

Ricardo Tavares Mendes – ex-secretário adjunto de Assistência à Saúde
Eduardo Hage Carmo – Subsecretário de Vigilância à Saúde
Eduardo Seara Machado Pojo do Rego – Secretário-adjunto de Gestão em Saúde
Ramon Santana Lopes Azevedo – Assessor especial da Secretaria de Saúde
Jorge Antônio Chamon Júnior – Diretor do Laboratório Central do DF (Lacen)

Lavagem de dinheiro 

O MPDFT está cumprindo sete mandados de prisão e 44 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em mais oito Estados (Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina, Mato Grosso, Espírito Santo e Rio Grande do Sul).

As ordens judiciais foram expedidas pelo desembargador Humberto Ulhôa, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) e são resultado de investigação exclusiva do MPDFT, que apura suspeitas de crimes cometidos por servidores do alto escalão da Secretaria de Saúde do DF.

Entre os crimes estão: fraude à licitação, lavagem de dinheiro, crime contra a ordem econômica (cartel), organização criminosa, corrupção ativa e passiva. Essas práticas criminosas teriam sido praticadas no curso de dispensas de licitação destinadas à compra de testes para detecção da covid-19.
Prejuízo de R$ 18 milhões 

As investigações apontam que o superfaturamento na aquisição dos insumos soma prejuízo superior a R$ 18 milhões aos cofres da saúde do DF.

Além disso, segundo o Ministério Público do Distrito Federal, há fortes evidências de que as marcas dos produtos adquiridos seriam imprestáveis para a detecção eficiente da Covid-19 ou seriam de baixa qualidade nessa detecção.

COMPARTILHE COM SEUS AMIGOS

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. USE COM RESPONSABILIDADE.