Relatório aponta nove açudes no Ceará com 'alto risco' de rompimento

Os reservatórios listados apresentam problemas estruturais considerados preocupantes, como deformações e anomalias em estrutura de paredes e sangradouros


O mais recente Relatório sobre Segurança de Barragens (RSB) da Agência Nacional de Águas (ANA), divulgado neste mês, aponta que o Ceará é o Estado nordestino que mais apresenta barragens classificadas como "de alto risco". São nove, ao total. Conforme o estudo, realizado a partir de fiscalizações in loco, os reservatórios listados apresentam problemas estruturais considerados preocupantes, como deformações e anomalias em estrutura de paredes e sangradouros. Com informações do Diário do Nordeste

Os açudes que exigem mais atenção, segundo a ANA, são o Ayres de Souza (Jaibaras); Forquilha (Forquilha); Frios (Umirim); Lima Campos (Icó); Paulo Sarasate (Varjota); Pompeu Sobrinho (Choró Limão); Roberto Costa - Trussu (Iguatu); Várzea do Boi (Tauá) e Jaburu I (Ubajara/Tianguá). Todos eles são federais e pertencem ao Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs).

Destes, três tiveram serviços de recuperação contratados pelo Dnocs: Lima Campos, Roberto Costa e Várzea do Boi. No entanto, as obras nos dois últimos açudes citados estão paralisadas há mais de 45 dias. Já a recuperação do Lima Campos sofreu duas interrupções por atraso no repasse de recursos, mas foi retomada na última semana. Diante da complexidade desta obra, o contrato entre a empresa Conjasf e Dnocs foi assinado no valor de R$ 7,4 mi.

Outros cinco reservatórios, que não estão contemplados na relação da ANA, mas também apresentam sinais de anomalias estruturais, estão sendo recuperados: Serafim Dias (Mombaça); Thomás Osterne/Umari (Crato); Barragem Gomes (Mauriti); Forquilha II, Favelas e Trici (Tauá). Estes são de responsabilidade da empresa Construnova.

O Trussu, como popularmente é conhecido o Roberto Costa, é um dos que apresentam pior situação. Há buracos com mais de oito metros de profundidade, além de erosão, afundamento do piso por causa do tráfego de caminhões-pipa com 30 mil quilos e cobertura vegetal nativa nas duas faces da parede. Apesar da complexidade, até agora, somente foi feito trabalho de retirada parcial de pés de jurema na parede do reservatório nos lados interno e externo.

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