Voluntários viajam mais de 250 km para doar sangue a menino com leucemia que perdeu irmão gêmeo pela doença

A iniciativa nasceu da voluntária Juliana Cunha, que se comoveu com a história porque também perdeu o marido com câncer


A história do Fernando, um menino de dois anos que foi diagnosticado com leucemia após o irmão gêmeo Matheus morrer pela doença, sensibilizou várias pessoas em Araçatuba (SP).

Os moradores, mesmo sem conhecer a família, estão viajando mais de 250 km para se cadastrarem como doadores de sangue. O objetivo também é encontrar um receptor de medula óssea compatível com o menino.

O garoto morava em Araçatuba com os pais, mas por causa do tratamento teve que se mudar temporariamente para Jaú (SP). Enquanto aguarda encontrar um doador, o pequeno precisa passar por transfusão de sangue.

A iniciativa nasceu da voluntária Juliana Cunha, que se comoveu com a história porque também perdeu o marido com câncer. Ela organizou uma viagem até Jaú para levar os doadores ao hemocentro. “Você precisa amar ao próximo mesmo sem conhecer”, disse Juliana.

Outras pessoas que souberam da atitude, mas não podiam viajar, doaram transporte e alimentação aos doadores, para que não tivessem custos.

Para o pai do Fernando, Edson Cesar de Souza, as demonstrações de solidariedade além de refletir na recuperação do filho, também ajudar a família a superar esta fase.

"Isso é a pior coisa que poderia acontecer na vida de um pai e de uma mãe, mas esse amor nos ajuda de alguma forma", diz o pai.

Mobilização

O caso dos gêmeos Fernando e Matheus fez com que mais de três mil pessoas fizessem o cadastro de medúla óssea em Araçatuba neste ano.

De acordo com a responsável pelo setor de captação do hemocentro da cidade, apenas no primeiro semestre foram feitos 1.704 cadastros, o que representa a média de 284 cadastros por mês.

Já de julho até 26 de outubro, foram contabilizados mais 1.394 cadastros de doadores de medula óssea na cidade, com média mensal de 348 doações.

O cadastramento para doador de medula óssea pode ser feito em qualquer hemocentro, por pessoas que tenham de 18 a 55 anos. [do G1]

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