Governador do Ceará tem a maior dívida de campanha entre governadores eleitos do Brasil

Tesoureiro da candidatura petista, Vladyson Viana diz que as despesas ocorreram “dentro das necessidades” da campanha 


Não foi só na votação expressiva entre cearenses que campanha de reeleição de Camilo Santana (PT), vitoriosa com 79,96% dos votos, bateu recordes neste ano. Mais de um mês após o fim do 1º turno, o governador mantém hoje a maior dívida entre campanhas de todos os governadores eleitos do Brasil, com restos a pagar em mais de R$ 3,6 milhões, a informação é do Jornal O Povo. 

Durante a campanha, Camilo contratou R$ 8,4 milhões com fornecedores, tendo arrecadado até agora apenas R$ 4,8 milhões para honrar as dívidas. Ao todo, a candidatura do governador reeleito foi a 4ª mais cara do Brasil entre vitoriosos, perdendo apenas para campanhas de João Doria (PSDB-SP), Ratinho Júnior (PSD-PR) e Paulo Câmara (PSB-PE). Entre eles, apenas Doria disputou 2º turno.

Com o volume de gastos, Camilo Santanateve despesas superiores a governadores eleitos de quatro estados com colégios eleitorais maiores que o Ceará - Rui Costa (PT-BA), Eduardo Leite (PSDB-RS), Romeu Zema (Novo-MG) e Wilson Witzel (PSC-RJ). Mesmo disputando dois turnos em um estado maior, Witzel contratou despesas em apenas R$ 3,1 milhões.

Para se ter ideia, as dívidas do petista somam montante maior que todas as despesas declaradas pela campanha vitoriosa de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República, em R$ 2,4 milhões. Maior despesa do governador foi com a produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, com pagamento de R$ 2,6 milhões com a empresa Contacto Relações Públicas Ltda.

Hora de pagar 

Tesoureiro da candidatura petista, Vladyson Viana diz que as despesas ocorreram “dentro das necessidades” da campanha e destaca que os gastos foram bem abaixo do teto fixado de R$ 9,1 milhões para o Ceará. “Esse teto tinha como base uma média de gastos em eleições passadas, e nós ficamos abaixo. Se for comparar, não tivemos gastos exagerados”, diz.

Ele afirma ainda que todos os contratos firmados na campanha serão honrados. diz. Segundo Vladyson, o débito será quitado por três vias: Repasses do Fundo Partidário, arrecadação pelas contribuições mensais de filiados do PT e por doações particulares.

“Primeiro tivemos a etapa de prestar contas, agora vamos passar a pagar (...) ainda não temos nenhuma doação combinada, mas vamos dialogar com fornecedores, avaliar esses recursos do próprio partido, e aí fechar as contas”, diz Vlaydson. [com informações do opovo.com.br]

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