No discurso, o candidato do PT ressaltou o apoio que recebeu do ex-presidente do PSDB, o ex-governador Alberto Goldman
Em seu último grande comício na cidade de São Paulo, na quarta-feira (24/10) à noite, o candidato à Presidência da República Fernando Haddad(PT) admitiu que seu partido se distanciou das periferias, mas procurou demonstrar otimismo com a disputa programada para o próximo domingo. Segundo ele, o adversário Jair Bolsonaro (PSL) vai levar uma “surra”.
Haddad afirmou que a reconexão do PT com a população mais pobre foi feita na capital paulista, na qual figura à frente do adversário Jair Bolsonaro(PSL) na preferência do eleitorado, de acordo com pesquisa do Ibope divulgada na quarta-feira.
“A gente tem que se reconectar com a periferia, tem que se reconectar com a dor das pessoas que estão sofrendo. Aqui em São Paulo, nós já passamos Bolsonaro, porque essa reconexão foi feita de maneira mais fácil. Todo o hip-hop está conosco e nós vamos ganhar essa eleição”, disse o candidato. A pesquisa aponta que ele tem 51% contra 49% do adversário na preferência do eleitorado paulistano.
No comício em São Paulo, o movimento hip-hop foi representado pelo rapper Emicida. No dia anterior, o movimento cultural também participou do ato do candidato, realizado no Rio de Janeiro, com a participação do rapper Mano Brown, evento marcado pela crítica do artista ao PT. O ato em São Paulo também teve a participação de Guilherme Boulos, candidato do PSOL derrotado no primeiro turno, e líderes de movimentos sociais.
No discurso, o candidato do PT ressaltou o apoio que recebeu do ex-presidente do PSDB, o ex-governador Alberto Goldman. Para Haddad, isso é mais uma mostra que o país percebeu que Jair Bolsonaro representa risco ao futuro nacional. O discurso de Haddad foi feito para uma multidão no Largo da Batata, na Zona Oeste da capital paulista, no ato chamado Virada pela Democracia.