Mauro participou de evento em São Paulo, o Fórum Exame
O assessor econômico de campanha de Ciro Gomes (PDT), Mauro Benevides Filho, disse ontem que cogitaria privatizar, fazer concessões ou parcerias público-privadas em 77 estatais. Ele se negou a listar quais empresas estariam na lista, mas disse que Petrobras, Banco do Brasil e Eletrobras estariam de fora do rol.
"Das 144 empresas estatais, quase todas elas são dependentes do Tesouro. O governo vai analisar cada uma delas para ver se diminuir essa dependência. Ou privatizar ou tornar mais eficiente", afirmou.
Mauro participou de evento em São Paulo, o Fórum Exame. Ele não quis quis comentar a situação da Embraer e dos Correios, duas das estatais que têm enfrentado críticas. Outros candidatos já sinalizaram que seriam privatizadas em seus governos, como Jair Bolsonaro (PSL) e João Amoêdo (Novo).
Na equipe de campanha de Ciro pela segunda vez, Mauro defendeu que o ajuste fiscal precisa ser feito, "independentemente de ideologia", para permitir que o Estado possa investir em áreas como a educação. "Não existe estado capaz de fazer política pública sem arrumar as contas", observou.
O economista citou dados fiscais do Ceará e disse que, graças às medidas tomadas, o Estado é capaz de sustentar o maior volume de investimento sobre receita corrente líquida e, simultaneamente, manter uma das melhores situações fiscais entre as unidades federativas. Disse que, caso eleito, Ciro vai retirar os investimentos da Emenda Constitucional 95, também conhecida como PEC do teto. "Os maiores gastos são com pessoal e custeio, mas estes estão aumentando, enquanto o governo corta investimentos", criticou.