Ajustes de despesas: Prefeito de Quixeramobim fecha emergência de Hospital Infantil

De acordo com o ofício, o corte no custeio das despesas da emergência se deu em razão da reestruturação da Secretaria de Saúde


Neste fim de semana, a população de Quixeramobim foi surpreendida com a informação de que a Emergência do Hospital Infantil Nossa Senhora do Perpétuo Socorro seria fechada, por decisão da administração pública municipal. Com isso, diversos quixeramobinenses se manifestaram em tom de indignação e revolta sobre o assunto.

“Isso é um absurdo. Eu como mãe, estou decepcionada com o que está acontecendo. Eu não tô aqui só para criticar. Garanto que se ele (Clébio Pavone) abrir as portas da Emergência do Hospital Infantil, eu sou a primeira a ligar para parabenizar, mas agora, como eu vou parabenizar uma coisa que está errada”, disse a quixeramobinense Andreia Barros.

Conforme a vereadora e diretora do Hospital infantil, Cristina Pimenta, a Prefeitura comunicou o fechamento da emergência da unidade (que atendia, em média, 490 crianças por semana), através de ofício, em razão de não conseguir mais arcar com as despesas do setor. Segundo ela, quatro médicos realizavam o atendimento na emergência, sendo que, cada um recebia a quantia de R$ 2.400,00 por mês. Aliado a isso, o Hospital também recebia R$ 17.400,00 da administração através de convênio.

Ainda de acordo com o ofício, o corte no custeio das despesas da emergência se deu em razão da reestruturação da Secretaria de Saúde após recomendação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) para que a Prefeitura de Quixeramobim se enquadre nos parâmetros estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), visto que a administração ultrapassou o limite de gasto com pessoal de 54%.

“Aqui no Hospital nós temos médicos, mas eles ficam para atender as crianças que estão internadas”, ressaltou Cristina. Com o fechamento da Emergência, as crianças que seriam atendidas na unidade de saúde devem ser consultadas no Hospital Regional Dr. Pontes Neto (HRDPN) juntamente com adultos. Outra opção deveria ser a Unidade Básica de Saúde (UBS), contudo, os postos encontram-se em situação precária no que tange ao atendimento.

“Peço ao prefeito Clébio Pavone para que olhe com bons olhos e reveja isso, voltando a Emergência do Hospital Infantil. Não é por causa de Cristina, Leila, funcionárias. É por conta da nossa população infantil. Clébio, por favor, veja com o coração. Não me veja como política, mas como uma mãe e avó que precisa de atendimento para seu neto, seu filho e seu bisneto”, finalizou a diretora.

Detalhe – A vereadora Cristina, a título de informação, é irmã do ex-prefeito Cirilo Pimenta, principal opositor político do prefeito Clébio. Indagada se essa decisão da gestão poderia ser uma retaliação política, a mesma preferiu não comentar. Com informações do Repórter Ceará

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